quarta-feira, 21 de março de 2012

CLIC inicia atividades de 2012


Por Lívea Colares
Fotos de Ana Carolina Almeida e Lívea Colares


Cerca de 60 pessoas lotaram o espaço Benedito Nunes na Livraria Saraiva na Cidade de Belém do Pará, no 1º Pré-CLIC de 2012


Na noite desta terça-feira (13/03), o espaço Benedito Nunes, na Livraria Saraiva, ficou lotado para a abertura oficial da programação do CLIC 2012. Cerca de 60 pessoas estiveram presentes para discutir “O Brasil que não é da América Latina”. A mesa, mediada pelo turismólogo, guia turístico e bacharel em Direito Levi Freire Jr., teve ainda a presença de Raphaela Gonçalves, graduanda em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia (Unama/Pará), e que pesquisa as relações sociais e culturais entre o Brasil e a América Latina e o Prof. Dr. Fábio Castro, do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará.

Levi Freire Jr iniciou a discussão apresentando um panorama geral da América Latina, como a construção de tal denominação, seu contexto histórico e geográfico. Logo após a apresentação de Levi, Raphaela Gonçalves tratou de uma possível “identidade latina” e questões intrínsecas a ela, como a história, as heranças coloniais, aa língua, os tipos de colonização e a forma como se deu a independência, fatores que marcam as diferenças entre os países da América Latina e que explicam o distanciamento entre eles.


“O fato de nós não nos identificarmos com a América Latina é muito por causa da nossa educação" afirmou Raphaela.
Raphaela também afirmou que a integração social entre os países é inexistente devido a estereótipos e falta de iniciativas. Segundo a estudante quando há iniciativas elas são, em geral, privadas ou de cunho acadêmico. Ela ainda destacou que o brasileiro, desde a infância, é apresentado à história europeia, estudando, por exemplo, a Revolução Francesa, porém sai da escola sem ter estudado a história dos seus vizinhos latino-americanos: “O fato de nós não nos identificarmos com a América Latina é muito por causa da nossa educação", afirmou.

Após Raphaela, o Prof. Dr. Fábio Castro falou sobre o fato da relação entre Brasil e outros países da América Latina ser baseada em estereótipos e distanciamentos. Ele explicou que mesmo dentro do país há rivalidades entre os próprios brasileiros, tudo provocado por nosso contexto histórico e tradição colonial que nos faz acreditar que não somos latinos: “A gente não é o que a gente nasce, a gente é o que a história faz da gente”, defendeu o professor.. Expandindo a discussão, Fábio Castro abordou a relação e integração “Brasil – Amazônia”. Segundo o pesquisador, não há um projeto local de desenvolvimento da região e que sua criação seria fundamental, aliada também a uma sociedade civil participativa e uma imprensa que paute o assunto com qualidade e eficiência.

Na foto Raphaela Gonçalves, Levi Freire Jr e Fabio Castro. “A gente não é o que a gente nasce, a gente é o que a história faz da gente”, disse Fábio Castro.


A participação do público foi grande e intensa na discussão apresentada na mesa. Um dos participantes, o estudante de Relações Internacionais, Yago Couto revelou não se sentir de fato um latino americano, se identificando mais com o termo “brasileiro”. Para ele, o Pré CLIC foi esclarecedor: “A palestra foi interessante pra esclarecer justamente essa visão que o Brasil tem da América latina e pra mostrar toda a diversidade que tem no país e as rivalidades dentro do continente”, afirmou.

Ao final a Comissão Organizadora sorteou duas cortesias de passeios de barco oferecidas pela parceira Valeverde Turismo e ainda informou que todos aqueles que participaram do evento devem esperar seus certificados até o dia 18 de março, caso não recebam dentro deste período devem entrar em contato com a comissão através do clic.evento@gmail.com.
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*Perdeu a primeira prévia do CLIC? Então fique atento e marque logo em sua agenda: o próximo Pré CLIC confirmado será dia 14 de abril, no Espaço São José Liberto, em parceria com o curso de Design de Moda da FAP/Estácio. O encontro será uma discussão sobre moda, cultura, identidade e estética contemporânea, não perca!

terça-feira, 20 de março de 2012

O Turismo e o MERCOSUL by Levi Freire Jr

                                                                                                                                  Por Levi Freire Jr





Introdução - Conceitos, Estudos e Análises 

Primeira página do Jornal do Brasil em 27 de Março de 1991

O MERCOSUL nasceu há 21 anos e foi criado com o objetivo de estabelecer um mercado comum na America do Sul, um dos seus primeiros desafios era estabelecer uma união aduaneira entre os países signatários, qual facilitaria o aumento do volume de negócios na região através da “livre” circulação de bens e serviços. No entanto, os processos estão mergulhados em uma grande burocracia e pouco se tem avançado, isto se tomarmos como referência as expectativas desde a assinatura do Tratado de Assunção em 26 de março de 1991, pelos então presidentes Carlos Menem (Argentina), Fernando Collor de Mello (Brasil), Andrés Rodríguez (Paraguai) e Luis Alberto Lacalle (Uruguai). Mas é importante lembrarmos que a idéia foi concebida, ainda nos anos 1980 com o escopo de consolidar a democracia incipiente nos países-membros, ainda traumatizada por ditaduras militares recém extintas.

Sabemos que o MERCOSUL é marcado por crises e problemas causados pelas grandes diferenças existentes entre os países-membros, e manter o equilíbrio de interesses não tem sido tarefa fácil. Mas, se as expectativas quanto ao projeto original não vêm sendo atendidas temos em contraponto o crescimento do turismo na região. Recentemente, entre os dias 07 e 11 de março de 2012, na Feira Internacional de Turismo de Berlim http://www.itb-berlin.de/en/, foram divulgados números quais mostram que em 2011 o MERCOSUL faturou com o turismo cerca de 15 bilhões de dólares. Vale ressaltarmos que tal crescimento  é mais o reflexo do bom momento da economia brasileira do que com a integração propriamente dita do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL.  
Nesta abordagem iremos relacionar pontos importantes do turismo para os países do MERCOSUL e países associados. Dando ênfase para o Brasil como centro receptor e emissor de turistas.




A Economia Brasileira, O MERCOSUL e o Crescimento do Turismo 

O bom momento da economia brasileira tem possibilitado um maior crescimento de turistas que se lançam em desbravar novos destinos.  Sonhos de uma viagem outrora impossíveis agora se tornam reais e é cada vez maior o número de brasileiros pelo mundo. Em princípio e sem a necessidade de pesquisas mais profundas podemos constatar tal demanda ao nos depararmos com a variedade de pacotes turísticos que são disponibilizados de todas as formas, inclusive pelas famosas compras em grupo da internet que se apresentam irresistíveis e imbatíveis quanto ao preço.

Na feira Internacional de Turismo de Berlim que aconteceu entre os dias 07 e 11 de março de 2012 foram divulgados números expressivos que colocam o MERCOSUL, qual o Brasil é Estado Membro, em uma situação favorável ao turismo no que tange ao faturamento em 2011. De acordo com os responsáveis pelo turismo na America do Sul o faturamento do MERCOSUL foi de 15 bilhões de dólares.

Em 2011 o Brasil recebeu 5 milhões e meio de turistas e somou mais de 6,7 bilhões de dólares o que representa 3,3 % do PIB nacional. De acordo com o Ministério de Turismo Brasileiro esse fator acompanha o resultado das políticas econômicas e sociais que permitem a população usufruir de uma economia estável favorecendo o aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas. 

O turismo em outros países do MERCOSUL também atingiram valores consideráveis, por exemplo, a Argentina  alcançou 6 bilhões de dólares sendo o  turismo considerado como o terceiro  maior mercado do país. O Chile que vem crescendo gradativamente recebeu em 2011 900 mil turistas estrangeiros o que corresponde a 3,2% do PIB daquele país.  

Com tantos fatores favoráveis foi inevitável cruzar fronteiras e dentre elas as de nossos vizinhos, como os que compõem o MERCOSUL: Argentina, Paraguai, Uruguai e a Venezuela que é Estado parte em processo de adesão. Além dos Estados Associados ao MERCOSUL que são Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e o México no papel de país observador.
Levi Freire Jr na cidade de  Uruguayana - Rio Grande do Sul - Fronteira Brasil com Argentina. Burocracia na entrada, aguardando liberação  das autoridades argentinas.

Muitos atribuem o crescimento do turismo ao MERCOSUL, mas tratar o turismo desta forma é encará-lo de maneira leviana. Na medida em que nossas pesquisas avançam percebemos que este é um fenômeno muito mais voltado para a economia e para uma comportamento da vida moderna onde as pessoas através das viagens, muito mais acessíveis, procuram conhecer outros países. Tudo isto aliado a necessidade de se qualificar através de intercâmbios estudantis e culturais, através do turismo de negócios, do turismo de eventos e de outras formas de se fazer turismo quais estão pautadas nas exigências e ditaduras de um mundo globalizado.  

Levi Freire Jr no Puerto Madero um dos principais pontos turisticos da Cidade de Buenos Aires - Argentina. Ao fundo a campanha de divulgação do Brasil como Destino turístico promovido pela Embratur: "Brasil te llama - Celebrá la Vida aqui"

O MERCOSUL  e a União Européia - Modelos Diferentes 

Ao afirmarmos que o MERCOSUL, quanto bloco econômico, não tem contribuído diretamente com o turismo é por ser perceptível que a institucionalização deste ainda é fraca, há poucos direitos comunitários, apesar de sabermos que os direitos comunitários são uma evolução e aperfeiçoamento do direito da integração tanto é que o direito comunitário tem sua origem na União Européia, modelo este que o MERCOSUL ainda está longe de atingir. 

É importante citarmos que diplomatas, estudiosos de America Latina e acadêmicos da Universidade de Oxford em Londres advertem sobre a comparação que não deve ser feita entre MERCOSUL e União Européia, pois a entidade não foi criada tendo como modelo a União Européia que é um modelo político. A união européia teve como eixo básico de criação a relação França e Alemanha que é uma relação de equivalentes, no caso do MERCOSUL o Brasil exerce um peso excessivo.

Talvez uma das poucas coisas que possam ser comparadas é que ambos os blocos rejeitam as leis supranacionais que é uma forma de direito Internacional baseada na limitação dos direitos das nações soberanas sobre as outras.

Como o quarto bloco econômico regional do mundo, apesar de alguns dizerem que já perdeu este posto, o MERCOSUL enfrenta muitos problemas dentre elas as instabilidades políticas e econômicas.  Ainda não conseguiu atingir a sua meta de ser um Mercado Comum que seria a terceira fase do processo de integração. O MERCOSUL Ainda está na segunda fase e de forma incompleta, ainda está como União Aduaneira.
Para melhor ilustramos elencamos abaixo as fases do processo de integração:
  1. Zona de Livre Comércio;
  2. União aduaneira - O MERCOSUL está nesta fase - Imperfeita;
  3. Mercado comum -  O objetivo "final" do Mercosul é chegar nesta fase;
  4. União econômica e monetária - A União européia está nesta fase; 
  5. União Política - O objetivo da união Euroéia é chegar nesta fase, mas para isto terá que  dentre vários pontos, concordar com leis Supranacionais. 


É notório o crescimento do turismo, mas será que está diretamente ligada ao MERCOSUL e suas supostas beneficias aos nacionais dos países-membros?

É fato que desde assinatura do Tratado de Assunção ainda é necessário muito para que o Mercosul tenha uma efetividade nas políticas externas e internas.  Apesar do turismo ter crescido, a burocracia qual ainda O MERCOSUL está mergulhado é um fator que se levanta contra ao crescimento do turismo. As fronteiras ainda são um problema e apesar de não haver obrigatoriedade na apresentação de um passaporte, entre os Nacionais dos países membros, as exigências de entrada e saída ainda se colocam de forma retrograda diante da proposta de integração dos Estados.

Ao aprofundarmos os nossos estudos entendemos que o crescimento do Turismo está mais relacionado com politicas internas de cada País e não especificamente ao MERCOSUL, pois quando analisamos a sua gênese e o seu desenvolvimento percebemos que infelizmente não está de acordo com aquilo para qual foi criado.


 

domingo, 18 de março de 2012

O Mundo das Pessoas Descartáveis!


                                                                                                             Por Levi Freire Jr.

É muito comum nos dias atuais ouvirmos falar de sustentabilidade, ecologia, economia de energia, do não desperdício de água, da poluição do ar por gazes tóxicos e mais recentemente a grande preocupação é com os descartáveis – com as sacolas plásticas do supermercado  e da importância  das sacolas retornáveis. Enfim, existe todo um comportamento politicamente correto para proteção e preservação do nosso planeta!
Esta semana estava na especialização e uma moça de outra turma, de outro curso que nunca dignificou a nos prestar um sorriso e um: boa noite, tudo bem? Disponibilizou parte do seu tempo para reclamar inveteradamente sobre a porta que estava aberta durante o “break” para o lanche, com isto começou uma explanação digna de teses de pós-doutorado sobre o como estávamos contribuindo para a destruição do planeta em virtude da porta aberta e do ar ligado, e como não nos preocupávamos com o meio ambiente.
Mas e a conservação dos valores humanos? Hoje estamos muito mais preocupados em sermos politicamente corretos do que agir corretamente com nossos amigos, namorados, maridos, esposas, filhos, vizinhos. Raramente nos preocupamos com os sentimentos do outro.
A empatia pouco é praticada. Estamos o tempo todo correndo e fica a pergunta: para que é para onde?  Talvez em busca das realizações impostas por este mundo capitalista que tem como seu principal financiador os sentimentos egoísticos que nos dias atuais não fazem a mínima cerimônia para se apresentarem. Somos assim, ou melhor, estamos assim: autônomos, auto-suficientes, egoístas, interesseiros e a valorização do efêmero é o que importa!
São esposas e maridos que não se falam dentro de casa e utilizam a palavra tempo para justificar que suas vidas foram consumidas, são irmãos que não se olham nos olhos por brigas desnecessárias e que por vezes são mantidas pelo ego exacerbado, são namorados que  excluem de sua relação a amizade  e amigos que negligenciam o outro e até amizades  que são  consumidas por novos “amizades”.  Já não temos tempo para mais nada, pois, a “vida moderna” nos impõe atropelar tudo e todos e tudo isto muito bem justificado pela falta do tempo, estamos ocupados demais para um alô, olá, como é que tá?  E tudo isto nos torna descartáveis ou descartados.
Não sou contra a sustentabilidade, a reciclagem ou a qualquer forma de preservação do mundo, até faço meu dever de casa! Mas, para que se importar com o mundo se o principal dele esta se extinguindo? O ser humano! Não podemos perder a capacidade de amar e ser amado, ou ainda de se importar com os próximos e os não tão próximos!
Pessoas e ONGs internacionais que militam a favor da ecologia gritam: - Por favor, nos ajudem a salvar o mundo! E nesta mesma ordem engrosso o coro e grito: - Por favor, nos ajudem a fazer um mundo melhor com: a amizade, a simpatia, o se importar, a gentileza, a cordialidade, o amor e  principalmente com a simplicidade de ser humano!    


The World of Disposable People!

By Levi Freire Jr.

It is very common nowadays to hear about sustainability, ecology, energy saving, not the waste of water, air pollution by toxic gases and more recently the concern is with disposable - plastic bags to the supermarket and the importance of reusable bags. Finally, there is a whole politically correct behavior for the protection and preservation of our planet!

This week was the expertise and a girl from another class, than vever pay us a dignified and a smile: good night, okay? Released most of his time to complain about the inveterately door that was open during the "break" for lunch, it started with an explanation worthy of a post-doctoral theses about how we are contributing to the destruction of the planet due to the open door and air connected, and not as we were concerned with the environment.

But the preservation of human values? Today we are much more concerned with being politically correct than to act properly with our friends, boyfriends, husbands, wives, children, neighbors. We seldom care about the feelings of another.
Empathy is little practiced. We are running all the time and the question remains: what is where? Perhaps in search of the achievements imposed by this capitalist world that has as its main funder selfish feelings that these days do not make the slightest ceremony to present themselves. We are well, or better, so we are: autonomous, self-sufficient, selfish, selfish and appreciation of the ephemeral is what matters!

They were the wives and husbands who have not spoken at home and use the word "time" to justify that their lives were consumed, are brothers who do not see eye to eye on fighting unnecessary and sometimes exacerbated by the ego are kept, they are lovers of excluded about their friendship and friends who neglect the other, and even friendships that are consumed by new "friends." We do not have time for anything else, because the "modern life" in all places and all run down and all this very well justified by the lack of time, we are too busy to say hello, how are you? All this makes us disposable or discarded.

I am not against sustainability, recycling or any form of preservation of the world,  i do my homework! But why bother with the world is the main it is becoming extinct? The human being! We can not lose the ability to love and be loved, or even caring about the next and not too close!

People and international NGOs that militate in favor of ecology cry: - Please help us save the world! And in this same order  i cry like a choir: - Please help us make a better world: friendship, sympathy, caring, kindness, warmth, love and especially with the simplicity of being human!




Le Monde des gens jetables!
Par Levi Freire Jr.


Il est très fréquent de nos jours d'entendre parler de la durabilité, l'écologie, les économies d'énergie, pas le gaspillage de l'eau, pollution de l'air par les gaz toxiques et, plus récemment, la préoccupation est à usage unique - des sacs en plastique au supermarché et de l'importance des sacs réutilisables. Enfin, il est un comportement tout politiquement correct pour la protection et la préservation de notre planète!

Cette semaine a été l'expertise et une fille d'une autre classe, un autre cours qui ne seront jamais nous rendre digne et un sourire: bonne nuit, d'accord? Paru le plupart de son temps à se plaindre de la porte qui était ouverte acharnés au cours de la «rupture» pour le casse-croûte, il a commencé par une explication digne d'un thèses post-doctorales sur la façon dont nous contribuons à la destruction de la planète en raison de la porte ouverte et de l'air branché, et non pas comme nous étions préoccupés par l'environnement.
Mais la préservation des valeurs humaines? Aujourd'hui, nous sommes beaucoup plus préoccupés d'être politiquement correct que d'agir correctement avec nos amis, maris, épouses, enfants, voisins. Nous avons rarement se soucier des sentiments d'une autre.
L'empathie est peu pratiquée. Nous sommes en cours d'exécution tout le temps et la question demeure: quel est où? Peut-être à la recherche des réalisations imposées par ce monde capitaliste qui a comme principal bailleur de fonds de ses sentiments égoïstes que ces jours ne font pas la moindre cérémonie pour se présenter. Nous sommes bien, ou mieux, de sorte que nous sommes: autonome, auto-suffisante, égoïste, égoïste et l'appréciation de l'éphémère est ce qui importe!

Ils étaient les épouses et des maris qui n'ont pas parlé à la maison et utiliser le mot de temps pour justifier que leurs vies ont été consommées, sont des frères qui ne voient pas du même œil sur la lutte contre inutile et parfois aggravée par l'ego sont conservés, ils sont amoureux d'exclus au sujet de leur amitié et les amis qui négligent l'autre, et même des amitiés qui sont consommés par les nouveaux "amis". Nous n'avons pas le temps pour autre chose, parce que la "vie moderne" en tous lieux et tous courir vers le bas et tout cela très bien justifiée par le manque de temps, nous sommes trop occupés à dire bonjour, comment savez-vous? Tout cela nous rend jetable ou mis au rebut.

Je ne suis pas contre le développement durable, le recyclage ou toute autre forme de conservation du monde, de faire mes devoirs! Mais pourquoi s'embêter avec le monde est le principal, il est en voie d'extinction? L'être humain! Nous ne pouvons pas perdre la capacité d'aimer et d'être aimé, ou même se soucier de l'autre et pas trop près!

Les gens et les ONG internationales qui militent en faveur de l'écologie: cri - S'il vous plaît nous aider à sauver le monde! Et dans ce même ordre épaissir le chœur et le cri: - S'il vous plaît nous aider à faire un monde meilleur: l'amitié, la sympathie, la bienveillance, la bonté, la chaleur, l'amour et surtout avec la simplicité de l'être humain!

domingo, 11 de março de 2012

Levi Freire Jr em Entrevista ao Pré-Clic 2012 "O Brasil que não é da América Latina"

Levi Freire Jr é guia de turismo internacional há mais de 10 anos e possui grandes experiências em viagens por diversos países da Europa, Estados Unidos e países sulamericanos como Argentina, Chile e Colômbia.
Além de turismólogo, Levi é bacharel em Direito e a sua pretensão é se especializar em direito internacional.
Antecipando o tema do 1º Pré-CLIC ele concedeu uma entrevista exclusiva, em que partiu de suas experiências e também de seus estudos para falar um pouco da América Latina, dando ênfase na relação do Brasil com o continente que, de um modo geral, por vezes parece tão distante da nossa realidade.

Não perca o 1º Pré-CLIC que será na próxima terça (13/03), às 19h na Livraria Saraiva.
  
Por Ana Carolina Almeida
Fotos: Mariana Almeida 


● Ana Carolina Almeida – Por sua experiência de guia turístico e viagens por diversos países da Europa, Estados Unidos e países sulamericanos como Argentina, Chile e Colômbia, há realmente um distanciamento do Brasil em relação aos países latinos que conheces?
● Levi Freire Jr. – Sim, há um total distanciamento O primeiro logo notável é com relação à própria língua. A dificuldade de nós nos comunicarmos com eles. Muitas pessoas dizem que o falar “portunhol” é o mesmo que falar espanhol ou o português, mas não é assim. O que eu vejo é um mútuo desinteresse em ambos realmente tentarem se comunicar entre si.
● Ana Carolina Almeida – Em que o Brasil pode ser considerado latino? E o que ele não pode?
● Levi Freire Jr. – Bem, é uma pergunta complexa, porque a gente precisa resgatar um pouco da história e do contexto em que o rótulo “América Latina” foi cunhado: ele surgiu no século XIX, por volta dos anos de 70, 80 em virtude da invasão francesa no México e para que pudesse determinar até onde iriam seus domínios eles cunharam o termo América Latina; mas de fato o termo só virou uma espécie de sinônimo para “países que estão na américa do sul”.
● Ana Carolina Almeida – É só o Brasil que “não é da América Latina” ou outros países do continente também? Quais e por quê?
● Levi Freire Jr. – Olha, eu penso que existem outros países que não se sentem parte da América Latina. Por exemplo, o México e Porto Rico se sentem muito mais norte-americanos e convivem muito mais com a américa do Norte.
Pensando melhor, ao meu ver nenhum país se SENTE Latino-Americano. Eles sabem que fazem parte de um âmbito territorial, mas no final, a América Latina é uma grande colcha de retalhos que parece que anda junto por que falam a mesma língua, mas que na verdade não se identificam entre si.
Então por ser uma colcha de retalhos, talvez a unificação seja possível de outras maneiras, não tanto para o lado cultural, mas para uma convergência econômica.
● Ana Carolina Almeida – Para você quais são os principais fatores para o Brasil não se considerar “latino americano”? Isso se deve a quê? É algo midiático, político, da população (cultural) ou outra causa?
● Levi Freire Jr. – Inicialmente isto se dá pela língua. Como eu havia dito está é uma questão importante, mas não é de fato única e sozinha. O outro grande ponto é a questão é falta de identificação. Esta também se dá por uma série de subfatores, como a questão cultural, o tipo de colonização, a política individual de cada país e também, a sua economia.
Pensa só comigo, são (salvo o engano) 21 países pertencentes à América Latina, sendo que 16 desses países têm como língua oficial o Espanhol. Agora, veja bem, nós fomos colonizados por portugueses, a nossa identificação, quando a gente olha em nível de América Latina parece que não se encaixa mesmo, por que a nossa raiz histórica foi completamente diferente das deles.
Assim, quando a gente olha para algum país que queremos nos identificar a gente logo se relaciona a Portugal, ou outro país da Europa e até mesmo os Estados Unidos. A gente nunca se identifica com a Argentina, Colômbia ou a Venezuela. Sempre eu vou olhar além.
A questão da chamada língua materna, que é onde a gente tem as raízes culturais desse povo, também é um fator importante. Por mais que pareça que não, a influência das línguas maternas nestes povos ainda é considerável, tornando-os, talvez mais próximos entre si e distantes de nós. Sem contar que a questão da colonização, como já disse é determinante para esta situação, não podemos esquecer, é claro, de citar que além dos portugueses também fomos fortemente colonizados por africanos, então a gente pode até mesmo apontar que nos relacionamos muito mais aproximadamente com a África do que a própria América Latina.
O Brasil tenta se integrar com a América Latina por questões políticas e econômicas e não por questões identitárias e isto não pode ser esquecido, pois é importante para se entender as relações que existem entre os participantes do Mercosul.
Citando a questão da União Europeia, a gente visualiza que se trata de outro histórico. Por diversas vezes o continente europeu foi uma coisa só, foi integrado. Em virtude de um contexto específico (por exemplo, quando Napoleão invadiu a maior parte do continente.), a gente percebe que estes momentos foram determinantes para fazer com que o europeu se sinta europeu, nunca esquecendo que o europeu é europeu E a sua nacionalidade. Ele nunca vai te dizer que é apenas europeu, ele vai dizer que é também italiano, também inglês, também francês.
Dentro desse globo, se a gente for parar para pensar, a Itália é o único país em que se fala italiano, ou seja, essa língua poderia ter sido suprimida, engolida pelos outros países, então a gente conclui que o fazer parte, se denominar como parte de algo é muito mais do que está conectado ou próximo, é criar uma espécie de vínculo identitário, mas sempre preservando a sua identidade nacional e respeitando a outra cultura e o território do outro.
O Brasil não consegue se sentir, na minha opinião, parte da América Latina por uma questão territorial. 40% da América Latina é o Brasil, então você pode entender que o Brasil nem mesmo se conhece e por não se conhecer ele não consegue conhecer seus vizinhos (que são vizinhos pequenininhos, comparando o tamanho do Brasil).
Para Levi a integração entre os países latinos é difícil pois "Cultura é cultura. A identidade vem dela também, então não é possível ela ser agregada sem que se haja perda. E ninguém quer perder a sua identidade."
Ana Carolina Almeida – Em uma conversa anterior, você contou um problema vivido em Buenos Aires e de um possível “recalque” que existe em nossos “hermanos” argentinos em relação a nós. O que significa este recalque? Como isto se dá? E de brasileiros para os outros países latinos? Existe também, se não recalque, algum sentimento parecido?
● Levi Freire Jr. – Quando a gente fala da Argentina, a gente percebe que ela teve a oportunidade de se desenvolver muito culturalmente, transformando Buenos Aires, por exemplo, em um grande centro artístico, arquitetônico e culto na América Latina. Percebemos toda a influência europeia que existe, se considerando a Europa na América. Se a gente observar a gente vai perceber que, de fato o argentino lê muito mais e procura muito mais informações para sua própria educação. 
Com toda essa questão intelectual o argentino acaba se colocando como superior ao brasileiro e até mesmo aos outros países sul-americanos. Quando ele faz isto, ele acaba causando uma reação, muitas vezes generalistas. Se você é tratado mal por um argentino, vai sair da Argentina dizendo que todos os argentinos são grosseiros.
Destaco também, não só o que diz respeito ao intelectual, mas também o cultural. Os argentinos argumentam que sua cultura é mais original que a do brasileiro. Dizem que nós, por causa das variadas manifestações culturais dentro do país, não temos uma cultura original, límpida e nacional.
Mas acredito que o recalque fica bastante dentro da questão econômica. Ainda existe muito aquilo do argentino não aceitar o Brasil com um desenvolvimento econômico maior. Por exemplo, no final do Governo Lula em 2010/2011, o Brasil foi responsável por quase 43% da Balança Comercial da América Latina, contra 7% da Argentina.
Em relação ao Brasil para com outros países eu digo que com certeza também existe recalque. É até interessante se pensar nisso, por que muita gente atribui este ou estes sentimentos ao futebol.
Apesar de ser um fenômeno claro, que acontece nas rixas, o recalque não pode ser atribuído somente ao futebol, por que se fosse assim, seria uma coisa pontual e única.
Hoje, os mesmo problemas econômicos e sociais que o Brasil enfrenta a Argentina também enfrenta. Para você ter uma ideia, da ultima vez que eu estive lá eu entrei no país de ônibus e a primeira visão que você tem é de uma grande favela.
● Ana Carolina Almeida – Qual é a visão de fora que os latinos possuem do Brasil? Algo parecido como "brasileiro cordial" ou algo incomum?
● Levi Freire Jr. – Não é nada de incomum, não. Eu percebo exatamente isso, do brasileiro cordial. O que a gente vê é que esta é ainda a visão do brasileiro no exterior e não só na América Latina, mas também no resto do mundo.
Inclusive a Embratur deixou de ser aquele órgão puramente burocrático, e acabou se tornando uma agência de marketing da visão do Brasil no exterior. Eles fazem campanha pelo mundo com personagens brasileiros de braços abertos, sorrindo e completamente hospitaleiros.
Um outro indício que a gente percebe no quesito da visão que eles tem de nós é quando nós mesmo dizemos que somos brasileiros no exterior, eles perguntam as coisas praxes (futebol, carnaval, samba...) e quando você diz que é brasileiro eles, também, passam a te tratar melhor. Isto quando estamos falando do brasileiro turista, porque quando quem vai a estes países para estudar e/ou trabalhar a forma como é tratado é outra bem diferente. A imagem que o brasileiro tem como profissional no exterior é a do aproveitador e desonesto. Inclusive o jeitinho brasileiro é muito mal visto.
● Ana Carolina Almeida – O que o Brasil pode(ria) aprender com outros países latinos e vice-versa? Seja na cultura, educação, hábitos etc.
● Levi Freire Jr. – Olha, é uma pergunta bem difícil, mas eu penso que uma das coisas que o Brasil poderia aprender com os outros países latino-americanos é a concepção de unidade. Quando eu te digo isso eu não estou falando da unificação dele com os vizinhos e sim de uma auto-unificação e um auto-conhecimento.
É comum se ouvir que existem vários Brasis dentro de um Brasil, isto se dá por que não nos conhecemos.
Podemos dizer que pela dimensão territorial do Brasil isto é difícil de alcançar, no entanto eu acredito que se houvesse um interesse mútuo maior entre os próprios brasileiros, não seria tão impossível assim. A ignorância, ela no sentido de ignorar realmente (não levar em consideração) ainda é muito forte entre nós brasileiros.
Agora o que poderiam aprender conosco?! O nosso bem receber. Somos hospitaleiros e de fato recebemos nossos convidados e visitantes muito bem. Diferente de como somos tratados, por exemplo, na Argentina.
● Ana Carolina Almeida – Mas isto não se dá por que se trata de brasileiro?
● Levi Freire Jr. – Pode ser. Mas infelizmente sempre tive a experiência de ser destratado como Brasileiro. Ainda não pude trocar de nacionalidade para ver se é diferente.
● Ana Carolina Almeida – Você acredita que seria possível uma integração entre os países latino-americanos? De que tipo?
● Levi Freire Jr. – Acho que a integração que podemos ter é econômica. Já é complicado nós brasileiros nos integrarmos devido a diversidade cultural, você imagina termos que dar conta de abranger as outras diversas culturas que existem na América Latina?!
Cultura é cultura. A identidade vem dela também, então não é possível ela ser agregada sem que se haja perda. E ninguém quer perder a sua identidade.
● Ana Carolina Almeida – Estás querendo fazer especialização em Direito Internacional e tens uma grande experiência de vida em vários países, não somente latinos. Em que o Direito Internacional pode ser importante para o Brasil?
● Levi Freire Jr. – Veja bem, com a questão da globalização a gente percebe que não só mercadorias, produtos e serviços passaram a circular de uma forma mais intensa. As pessoas também. Então neste intercâmbio é possível acontecerem atritos.
Tu imaginas: hoje você compra um produto no exterior, amanhã ele dá problema; a quem você vai recorrer? Neste caso são as leis do Brasil que estão valendo ou as leis do país que você comprou o produto? Ou digamos que você tenha tido um problema na imigração e aconteceu uma situação em que você achou que a sua pessoa foi ferida, que o seu direito foi ferido. Que tipo de ajuda você pode pedir para resolver o problema? E quem é que vai julgar o ocorrido?
Então aí que o advogado internacional entra. Ele vem para tentar extinguir ou encaminhar conflitos, sem que a soberania de nenhum dos países seja atingido, compreendendo e fazendo uma mediação entre as leis dos envolvidos.
● Ana Carolina Almeida – Por fim, uma pergunta-provocação: o Brasil é mais distante da América Latina ou da Amazônia?
  
● Levi Freire Jr. – Depende da abrangência da pergunta. Do ponto de vista turístico, os brasileiros ainda preferem visitar o exterior. Por que pensa assim: Sul e Sudeste estão territorialmente mais próximos dos nossos Hermanos, do que de nós aqui no norte. É melhor você passar duas horas em um avião indo para o Chile, a passar quatro para vir para Belém.
Sem contar que o aparato turístico de recepção também conta muito nessa hora. Por exemplo, eu, Pará estou do lado da Colômbia. Só que para eu chegar lá eu preciso pegar um avião para ir para São Paulo para depois ir para a Colômbia.
Talvez outro ponto importante neste meio seja o status de dizer que viajou para o exterior. O poder viajar para Argentina ainda soa mais impressionante que dizer que veio à Belém.
E ainda acontece o seguinte: exótico para o turista europeu e americano é a Amazônia. Mas e para nós que moramos aqui? Para onde a gente vai? O que é o exótico pra gente?
Aí aparece o contrário. A Amazônia está mais perto de quem neste caso? 

● Ana Carolina Almeida – Mas falando de identificação, tu não achas que acontece talvez uma identificação maior dos paulistas com os argentinos, do que dos mesmo paulistas com os nortistas?
● Levi Freire Jr. – Não, eu não acredito que isto aconteça. Eu acredito que na verdade o brasileiro pode não se identificar como latino-americano, mas ele com certeza se identifica como brasileiro. O que acontece é a ignorância mesmo, no sentido de ignorar o que se tem no país somado ao desconhecimento do mesmo.
Quer um exemplo?! Um dia eu estava conversando com uma colega guia de turismo e ela estava indignada por que depois de tanto tempo as pessoas ainda não conheciam o norte do país. Na mesma medida eu perguntei a ela se ela conhecia o Vale do Itajaí. A resposta dela foi “Já ouvi falar”.
Então daí você tira que não é só a ignorância e o desconhecimento do “Brasil” para conosco, mas do Brasil para com ele próprio.


Gostou da entrevista? Clique aqui para vê-la em pdf e, se quiser, salvar (todos os direitos reservados).

sábado, 10 de março de 2012

Lei Maria da Penha & o Dia Internacional da Mulher

Em referência ao dia 08 de março de 2012, Dia Internacional da Mulher, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci,  diz em entrevista ao programa de rádio Bom Dia Ministro, que a Lei Maria da Penha, lei LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.  mudou a mentalidade do povo brasileiro.  
A referida lei foi sancionada a fim de criar mecanismos que coibissem a violência e família contra a mulher, de acordo com o que preceitua a carta magna de 1988 em seu artigo 226 § 8º, “Ipsi  litteris”:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

“A Lei Maria da Penha mudou a mentalidade do povo brasileiro. Antes da lei, não se falava que bater em mulher era crime, porque a punição para o agressor era comprar cesta básica e distribuir para uma comunidade. Agora, não. A Lei Maria da Penha tem a punição para o agressor”, disse a ministra.

 Fonte: Blog do Planalto
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