O fotógrafo brasileiro Luiz Vasconcelos ganhou o 1º prêmio em 2009 na categoria Notícias Gerais do concurso World Press Photo. A foto mostra uma índia, com uma
criança no colo, resistindo a uma reintegração de terra feita pela Polícia
Militar do Amazonas em março de 2008. Quatrocentas pessoas viviam na
área conhecida como Lagoa Azul, nem todas indígenas. (Foto: Luiz
Vasconcelos/Reuters)
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Texto: Levi Freire Jr
Fotos: Google Images
Fotos: Google Images
Tenho
visto muitas pessoas tratando os Direitos Humanos como se fossem um grupo de
pessoas que privilegiam uns em detrimentos de outros. Minha gente, não é nada
disso! Os Direitos Humanos não são pessoas, são direitos, meus e teus!
Quando
falamos, andamos; quando decidimos onde queremos ir ou não ir; quando lemos ou
escrevemos uma postagem ou matéria como esta na internet, em uma rede social; quando
compramos ou escrevemos um livro, trata-se de direitos humanos!
Imagem extraída de: http://www.politicaeconomia.com/2007/06/violacoes-dos-direitos-humanos-em-cuba.html |
Neste vídeo, 10 minutos de uma explanação dinâmica da histórica e da evolução dos direitos humanos desde o Naturalismo até os dias atuais. Aqui. Assim, por certo entenderemos muito melhor o que são os tais Direitos Humanos!
Quando
escolhemos se queremos ser Católico, Evangélico, Espírita, Muçulmano, Judeu, da
Cabala, do Candomblé, ou fazer tudo isto junto e misturado, ou simplesmente ser
ateu, estamos a tratar de Direitos Humanos.
Quando
somos impedidos de fazer algo em face de nossa cor, origem, condição social,
idade, sexo, orientação sexual estamos tendo violações dos Direitos Humanos.
Quando
tratamos dos direitos humanos precisamos ter muita parcimônia e responsabilidade,
pois, é um assunto muito sério que está relacionado à nossa própria existência,
com o nosso direito à vida. Se vivemos hoje em um país que possui certas liberdades
individuais, é graças a movimentos em que pessoas morreram e mataram para que
hoje pudéssemos usufruir deste “simples” direito de expor nossas opiniões. Afinal,
nem sempre foi assim! E não precisamos ir
tão longe como à época da escravidão no Brasil. Este ano, 2014, será os 50 anos,
do golpe de 1964. Quem viveu nesta época sabe exatamente a importância de
salvaguardar os Direitos Humanos.
Imagem extraída de: http://www.brasildefato.com.br/node/11111 |
Imagem Extraída de: http://www.dw.de/direitos-humanos-em-perigo-o-que-ainda-pode-se-feito/a-15530632 |
Extraída de: Latuff Cartoons |
Assim,
Antes de expor um pensamento ou uma opinião embasado apenas em “achismos”, ou
ainda, motivado pelo que a mídia expõe, cumpre entender o quão importantes são
estes direitos para todos nós, e como foi difícil chegar até aqui! Foram
séculos de lutas para termos o mínimo de direito, que existe pelo simples
fato de um dia termos nascido, o Direito à Vida.
É
óbvio que muitas coisas ainda precisam mudar, serem ajustadas. Leis precisam
ser cumpridas sim! Os processos por mais morosos que sejam, ou que possam
parecer, precisam ser respeitados sim, pois, se diferente for corremos um sério
risco de caminharmos para uma inquisição dos tempos “modernos”, ou ainda voltarmos à época do Código de Hamurabi, e que na prática em nada
irá diferenciar o cidadão de bem daqueles que cometem ilícitos penais ou violam
os direitos humanos.
Ao
concordarmos que uma pessoa seja torturada, morta, agredida estamos
implicitamente dizendo que somos mais humanos que esta ou aquela pessoa, pois, isto não é justiça! Ou
ainda, estaremos vivendo um retrocesso à uma época recente, a qual fora “legitimada” por um governo
ditatorial.
Em 2007, presos foram submetidos a mais de 12 horas de exposição ao sol no pátio da unidade
foto: Ministério Público de Rondônia.
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Não
defendo o meliante, é sim o direito inerente a todo e qualquer ser humano. Pense que
o que precisa ser mudado no Brasil é a
legislação penal que é antiga, retrograda e falha, além da imoralidade de muitos de nossos representantes legislativos e executivos, e de valores morais que são afrontados por muitos de nós que usamos do "famoso jeitinho brasileiro" para nos dar bem em diversas situações. Não é fazendo um ataque a nossos próprios direitos, ou legitimando a atitude de supostos justiceiros que iremos transformar a realidade violenta deste país e sim mudando nosso comportamento em nossas casas, entre nossos amigos, no meio de nossa comunidade, cumprindo nosso papel cidadão.